segunda-feira

TAP fez a Europa descobrir o Brasil


Nos últimos seis anos assistimos a TAP ocupar o espaço de grande promotora do Brasil na Europa. Utilizar toda a sua estrutura de vendas enraizada no mercado europeu para a promoção dos mais diferentes destinos no nosso país.
O sucesso desta iniciativa representa uma ampliação do próprio mercado português, que, limitado por uma questão geográfica, viu a sua transportadora aérea se posicionar como a principal operadora do Atlântico Sul. De certa forma, reedita-se, séculos depois, a mesma utilização do posicio-namento estratégico de Portugal, para ser o elo de ligação entre o continente europeu e a América e a África. Foi este espírito que transformou o país em uma potência no século XV e espalhou os domínios lusi-tanos em quase todos os continentes.A TAP segue os mesmos passos. Encurta a distância que separa o nordeste brasileiro da Europa, disponibilizando nossas praias para portugueses, espanhóis, italianos, alemães, ingleses, entre outros, que descobrem as vantagens dos vôos diretos, com uma considerável redução do tempo de viagem.Em Lisboa - e agora no Porto - criaram-se sistemas práticos de enlaces de vôos, com conexões expressas e quase imediatas. Nesta meia década a empresa aprimorou os seus serviços, tanto de terra como de bordo, cresceu a sua frota e faz parte da nossa paisagem como uma companhia co-irmã, não apenas pela mesma língua, mas por estar intensamente vendendo o turismo bra-sileiro na Europa e apresentando resultados que se transformam em geração de renda e entrada de divisas para o País.Ao inaugurar o primeiro vôo direto entre Brasília e a Europa corrige-se um erro histórico. A Capital Federal do país era a única a não possuir vôos internacionais de longo curso. A TAP apostou e abriu o coração do Brasil para o mercado europeu. E não causará surpresa se os seus passos forem seguidos por outras empresas agora que ela provou que existe um mercado sólido e carente. Um dos méritos desta expansão da TAP foi o de estar em sintonia com o mercado. De estabelecer parcerias e corres-ponder com uma agilidade surpreendente às leis deste próprio mercado. Em Portugal, a regência de Luiz da Gama Mór neste sentido é fundamental, e no Brasil, a competência e capacidade de Mário Carvalho, diretor geral no país, é um desdobramento desta estratégia superior que é seguida com grande afinidade. Outro aspecto que devemos considerar e analisar é o importante papel que a TAP teve no Brasil durante a crise da Varig. O País perdeu a sua principal transportadora para Europa e o quadro só não foi mais crítico, pela existência da própria TAP, que garantiu o tráfego para Europa e buscou resolver o problema da Varig, apresentando soluções que, se tivessem sido adotadas, trariam um outro cenário para o País. Coube à TAP, neste episódio, salvaguardar o centro de manutenção da Varig, com a aquisição da VEM, preservando empregos e o centro de tecnologia, altamente estratégico para a aviação brasileira.Quando Fernando de Souza Pinto, Luiz da Gama Mór, Manoel Torres e Michael Conolly foram chamados para dirigir a TAP, não se poderia imaginar que entre os seus feitos estaria o de posicionar a TAP como um player global, capaz de ser tratado com respeito e como um dos principais membros da Star Alliance. E tudo isso em tão pouco tempo. E de uma forma segura e constante.O reconhecimento do papel da TAP para o crescimento do turismo internacional do Brasil só agora começa ser escrito. Trata-se de uma jornada que precisa ser resgatada e que envolve ações, que, aparentemente isoladas, ganharam uma dimensão de macro-estratégica. Uma delas foi de posi-cionar a companhia em todos os estandes do Brasil nas Feiras Européias. A imagem da companhia aérea está hoje associada na cabeça dos europeus que desejam conhecer o Brasil.Hoje os brasileiros que usam a TAP para suas viagens à Europa sabem que estão em casa nos seus vôos e os europeus, quando atravessam o Atlântico em direção ao Brasil, têm a certeza de estar à bordo de uma empresa plenamente identificada com o nosso país.Cláudio MagnavitaPresidente da Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo (Abrajet), membro do Conselho Nacional de Turismo (CNT) e diretor do Jornal de Turismo